segunda-feira, junho 28, 2010

Gaiola de Poeiras

E ela ficava lá;
oscilando entre o estar e o não-estar,
criando mal-estares no seu cômodo
tão sem vontades de vida...
Tateava cada impressão sua,
cada prova do seu ignóbil existir,-
sim, ela sabia do existir, e a consciência afligia e picava.
Picava e afligia. Ela tinha lá suas resoluções...-
nas frestas da janela, no azulejo rachado.
Caducou dias, quis brincar de feiticeira carcundando em círculos
e adormecendo de ópios mundanos.

.

Daí amansou, amansou queta que nem bicho de pasto criado.
E foi oscilando cada vez menos
pensando em nadas, no cego escuro do dentro...


Fazia cinza do lado de fora.

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